O ESG é uma sigla em inglês que significa environmental, social, and governance (Ambiental, Social e Governança) e refere-se a práticas e critérios que empresas utilizam para avaliar e melhorar seu desempenho em áreas relacionadas à sustentabilidade, responsabilidade social e governança corporativa. O setor elétrico, por sua natureza, tem um impacto significativo nesses três pilares do ESG.
No aspecto ambiental, a transição para fontes de energia renováveis e a redução das emissões de gases de efeito estufa são os pontos mais relevantes. Socialmente, o acesso universal à energia, a segurança dos trabalhadores e o impacto nas comunidades locais são pontos vitais. A governança, por sua vez, exige transparência, ética e uma gestão de riscos eficaz.
As Smart Grids, ou Redes Inteligentes, contribuem decisivamente com a eficiência energética, um dos pilares da dimensão ambiental do ESG. A implementação de sistemas que monitoram e controlam o uso da energia em tempo real reduz custos operacionais e minimiza a pegada de carbono das empresas e consumidores. A integração de tecnologias como a inteligência artificial (IA) e o machine learning permite análises preditivas sobre o consumo e a detecção de falhas na rede, otimizando a manutenção e garantindo a continuidade do fornecimento.
A transição para energias renováveis e a implementação de tecnologias eficientes criam novas oportunidades de emprego, impulsionando o desenvolvimento econômico em comunidades. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), por exemplo, destaca em seu planejamento estratégico a institucionalização da agenda ESG, buscando ampliar a diversidade e equidade, tanto interna quanto externamente.
Casos de sucesso no Brasil demonstram a viabilidade e os benefícios da aplicação dos princípios ESG. A Vivo, por exemplo, alcançou a neutralidade em emissões de carbono e utiliza energia 100% renovável, expandindo seu número de usinas de biogás, solar e hídrica, o que gera economia e um baixo impacto ambiental. O Sicredi, por meio de uma usina solar, não só contribui para a preservação ambiental, mas também prevê uma significativa redução de suas despesas com energia elétrica.
A evolução contínua das tecnologias promete revolucionar ainda mais a distribuição e o consumo de energia. O futuro do setor elétrico está intrinsecamente ligado à capacidade das empresas de integrar esses princípios e tecnologias, garantindo o fornecimento de energia e a construção de um legado positivo para as próximas gerações.
