Em 1970 foi desenvolvido nos Estados Unidos, pela National Sanitation Foundation, com o objetivo de avaliar a qualidade da água para o abastecimento público após o tratamento convencional, o Índice de Qualidade das Águas (IQA). Em 1975 esse índice começou a ser utilizado pela CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Hoje, o IQA é o principal índice de qualidade da água utilizado no Brasil.
Os parâmetros utilizados no cálculo do IQA são, em sua maioria, relacionados a aspectos da qualidade da água, divididos em aspectos físicos, químicos e biológicos. Os principais parâmetros incluem:
Temperatura
A temperatura da água influencia a solubilidade dos gases, a atividade biológica e a distribuição de organismos aquáticos. Variações extremas podem indicar poluição térmica e afetar negativamente a fauna e flora aquáticas.
pH
Esse parâmetro mede a acidez ou alcalinidade da água. Um pH equilibrado (geralmente entre 6,5 e 8,5) é essencial para a vida aquática. Valores extremos podem prejudicar organismos aquáticos e alterar processos químicos na água.
Dissolved Oxygen (OD)
O oxigênio dissolvido é crucial para a respiração dos organismos aquáticos. Níveis baixos podem indicar poluição orgânica e a presença de matéria que consome oxigênio durante a decomposição.
Sólidos Suspensos Totais
Este parâmetro mede a quantidade de partículas sólidas em suspensão na água. Altos níveis de sólidos suspensos podem reduzir a penetração de luz, afetando a fotossíntese e a produção primária em ecossistemas aquáticos.
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
A DBO indica a quantidade de oxigênio necessária para a decomposição da matéria orgânica presente na água, fornecendo uma medida da poluição orgânica. Valores altos sugerem um alto nível de poluição.
Nutrientes (Nitrogênio e Fósforo)
A presença excessiva de nitrogênio e fósforo pode levar à eutrofização, um processo que resulta em crescimento descontrolado de algas e diminuição da oxigenação da água, prejudicando a vida aquática.
Coliformes Fecais
A presença desses microrganismos indica a contaminação por esgoto e, consequentemente, pode comprometer a segurança da água para consumo humano.
A combinação desses parâmetros resulta em uma pontuação que permite classificar a qualidade da água em diferentes categorias, como excelente, boa, regular, ruim ou péssima. O monitoramento constante desses critérios é essencial para a gestão da água, garantindo não apenas a proteção dos ecossistemas, mas também a saúde pública e o uso sustentável dos recursos hídricos.